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quarta-feira, 17 de setembro de 2025
Petrobras pode ser referência global na transição energética
Pesquisadores defendem que a empresa tem condições de mudar o rumo atual, focado em combustíveis fósseis, e liderar a transição energética.
Em meio aos efeitos cada vez mais evidentes das mudanças climáticas, a transição energética se tornou uma prioridade global. Apesar de ser considerado fundamental para o futuro do nosso planeta, este processo também é um dos maiores desafios da atualidade.
No Brasil, a grande referência em energia limpa pode ser a Petrobras. Pelo menos é o que apontam dois estudos sobre o tema, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Observatório do Clima, lançados nesta semana.
Empresa deveria congelar a expansão da extração de combustíveis fósseis
Segundo informações da Agência Brasil, os trabalhos defendem que a Petrobras tem condições de mudar o rumo atual, focado em combustíveis fósseis, e liderar a transição energética brasileira. A análise ocorre em um momento em que o Brasil expande a produção de óleo e gás e vê o petróleo ultrapassar a soja como principal produto de exportação, representando 13% das vendas ao exterior.
Os estudos defendem que a estatal diversifique seu portfólio e alinhe seus investimentos às metas do Acordo de Paris e do Plano Clima, que preveem neutralidade de emissões de gases do efeito estufa até 2050. Segundo os números apresentados nas pesquisas, dos US$ 111 bilhões previstos no plano de negócios 2025-2029 da estatal, apenas US$ 9,1 bilhões estão destinados a energias de baixo carbono.
Para os economistas da UFRJ, a dependência da receita do petróleo expõe o Brasil a choques econômicos devido à volatilidade e ao caráter finito do recurso. Por conta disso, a recomendação é que a empresa congele a expansão da extração de combustíveis fósseis em novas fronteiras, como a Foz do Amazonas.
Outras sugestões apresentadas são: ampliar investimentos em pesquisa de biocombustíveis e hidrogênio de baixo carbono; retomar a atuação em distribuição e em terminais de recarga para o consumidor final; priorizar energias de baixo carbono, como hidrogênio verde, biocombustíveis de segunda e terceira geração, e combustível sustentável de aviação (SAF); alinhar o plano de negócios aos objetivos mais ambiciosos do Acordo de Paris, da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil e da Estratégia Nacional de Mitigação (Plano Clima); e realocar recursos de refinarias para a ampliação de novos combustíveis.
Posicionamento da Petrobras
- Em nota, a estatal informou ter elevado os investimentos em transição energética nos últimos anos.
- A empresa prevê destinar US$ 16,3 bilhões para projetos de baixo carbono até 2029, representando um crescimento de 42% em relação ao plano anterior.
- Ela cita ainda recursos estimados em US$ 5,7 bilhões para as energias de baixo carbono (eólica e solar fotovoltaica, hidrogênio e captura, utilização e armazenamento de carbono).
- Assim como investimentos em bioprodutos (US$ 4,3 bilhões), etanol (US$ 2,2 bilhões), biorrefino (US$1,5 bilhão), biodiesel e biometano (US$ 600 milhões).
Fonte: OLHAR DIGITAL
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